Fanfic Anoitecer Criada Por: Fernanda, Milla e Robson. Tecnologia do Blogger.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Anoitecer Capítulo 18 - Elíseos

    Eu não consegui dormir bem a noite anterior porque Jake- mais uma vez- invadiu minha cabeça, mas ele não foi o único; Juan também estava lá.

   Não entendi porque sonhei com os dois. Me revirei na cama; agora era tarde, o pouco de sono que ainda me restava se esvaiu. Estava quase na hora que Nicholas havia marcado comigo. As minhas amigas – e colegas de quarto- dormiam, a propósito, Janeth não largava o diário dela.
   Me levantei silenciosamente e me troquei. Vesti roupas leves. Sair com cuidado para não acordar as garotas; ainda estava escuro. Olhei para os lados, para averiguar se alguém estava me olhando. Ótimo, ninguém acordado por perto. Corri mais rápido que a noite anterior para a clareira. Ele estava lá. Me aproximei e ele se virou e sorriu amigavelmente.
- Você veio. – Ele disse se aproximando.
Eu sorri.
- O que você quer saber sobre mim?
- Antes me siga, por favor.
Nicholas correu em direção à lagoa e eu o segui. Chegamos ao píer.
- Por que estamos aqui?
- Quero te mostrar uma coisa que ninguém mais viu.
Ele fez sinal para eu o seguir e mergulhou. Olhei em volta novamente e imitei o gesto.
   A água era gelada e escura, mas não era um problema para nós. Nadamos rápido por uns cinco minutos e depois avistei uma fenda em uma rocha que possibilitaria a passagem de três pessoas- com o físico do meu pai- ao mesmo tempo. Passamos pela fenda e entramos em uma caverna subterrânea.
    Aquela caverna era surreal: a água era de um tipo de azul cristal como eu nunca vira antes; o teto e as paredes eram revestidos com pedrinhas que brilhavam. Havia uma longa galeria que conduzia ao desconhecido. Próximo às rochas nasciam umas flores, Narcisos. Como aquilo era possível? Olhei maravilhada para aquele milagre divino.
- É lindo né? – Disse Nicholas vendo meu olhar fascinado.
- Como é possível essas flores crescerem nesse lugar?
- Não sabemos explicar os mistérios da natureza.
- É maravilhoso. – Fui até as flores e cheirei uma.
- Nós a chamamos de Caverna Elíseos.
- Um paraíso no escuro da profundeza da Lagoa. Bela metáfora.
Nicholas e eu sentamos no chão de rochas.
- Por que você me trouxe aqui?
- Eu gostaria de te conhecer melhor e compartilhar essa beleza com alguém especial.
Fitei seu rosto. Como eu poderia ser especial para ele.
- Você me conhece a pouco tempo, como eu posso ser especial?
Ele me cortou.
- Fale-me sobre você e seu clã.
 Suspirei. Como havia pensado na noite anterior eu não iria expor muito a minha família para um estranho. Diferentemente eu fiz com Juan, porque ele me passa um tipo de... Segurança. Mas Nicholas, eu sentia que havia algo errado, pelo menos algo não certo em relação a ele.
Eu descrevi cuidadosamente a minha família, mas não expus os talentos de nenhum deles.
- Qual é o seu talento?
Eu tive que mentir novamente. Algo gritava em meu interior. Mentir era necessário.
- eu... Não tenho talento.
Ele me olhou descrente.
- O que foi?- Perguntei desmarcando. – Você não acredita em mim?
Fiz cara de decepção.
- Não, desculpe, eu não queria...
- Tudo bem. – Suspirei. – Me fale sobre o seu talento.
- Eu posso alterar a realidade do tempo e espaço, como eu fiz com você, lembra?
Balancei a cabeça afirmativamente.
- Você não é do tipo que se alimenta de sangue. – Falei.
Ele sorriu.
- Só animal.
- Eu deveria me preocupar com Diamond?
Ele sorriu novamente.
- Ela não morde. – Ele disse com um tom de zombaria.
Nicholas era um cara legal, pelo menos aparentava, mas havia algo nele que me intrigava. Fiquei pensativa por um momento. Passei minha mão no caule de uma flor, subindo até as pétalas, onde senti uma coisa sólida. Apanhei um brilhante um pouco maior que os incrustados nas paredes e no teto e para a minha surpresa, era um pingente.
- O que é isso?- Perguntei mostrando-o a Nicholas.
- Deve ter caído do teto ou das paredes.
- Não, olha é um pingente.
Sua expressão mudou.
- Você acha que foi de alguém que esteve aqui?- Havia surpresa em sua voz.
- Não sei. – Respondi confusa.
Ele fez silêncio por um breve instante. Guardei o objeto comigo.
- O que você quer fazer? – Perguntou ele sorrindo novamente.
- Eu poderia voltar a minha estalagem?
Nicholas suspirou.
- Claro. – ele pegou minha mão, e como da outra vez, em fração de segundos eu estava no meu quarto, deitada em minha cama, com minhas roupas secas.

1 comentários:

Juno disse...

Muito legal, continu assim.
Você com certeza vai longe escrevendo desse jeito.

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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Anoitecer Capítulo 18 - Elíseos

    Eu não consegui dormir bem a noite anterior porque Jake- mais uma vez- invadiu minha cabeça, mas ele não foi o único; Juan também estava lá.
   Não entendi porque sonhei com os dois. Me revirei na cama; agora era tarde, o pouco de sono que ainda me restava se esvaiu. Estava quase na hora que Nicholas havia marcado comigo. As minhas amigas – e colegas de quarto- dormiam, a propósito, Janeth não largava o diário dela.
   Me levantei silenciosamente e me troquei. Vesti roupas leves. Sair com cuidado para não acordar as garotas; ainda estava escuro. Olhei para os lados, para averiguar se alguém estava me olhando. Ótimo, ninguém acordado por perto. Corri mais rápido que a noite anterior para a clareira. Ele estava lá. Me aproximei e ele se virou e sorriu amigavelmente.
- Você veio. – Ele disse se aproximando.
Eu sorri.
- O que você quer saber sobre mim?
- Antes me siga, por favor.
Nicholas correu em direção à lagoa e eu o segui. Chegamos ao píer.
- Por que estamos aqui?
- Quero te mostrar uma coisa que ninguém mais viu.
Ele fez sinal para eu o seguir e mergulhou. Olhei em volta novamente e imitei o gesto.
   A água era gelada e escura, mas não era um problema para nós. Nadamos rápido por uns cinco minutos e depois avistei uma fenda em uma rocha que possibilitaria a passagem de três pessoas- com o físico do meu pai- ao mesmo tempo. Passamos pela fenda e entramos em uma caverna subterrânea.
    Aquela caverna era surreal: a água era de um tipo de azul cristal como eu nunca vira antes; o teto e as paredes eram revestidos com pedrinhas que brilhavam. Havia uma longa galeria que conduzia ao desconhecido. Próximo às rochas nasciam umas flores, Narcisos. Como aquilo era possível? Olhei maravilhada para aquele milagre divino.
- É lindo né? – Disse Nicholas vendo meu olhar fascinado.
- Como é possível essas flores crescerem nesse lugar?
- Não sabemos explicar os mistérios da natureza.
- É maravilhoso. – Fui até as flores e cheirei uma.
- Nós a chamamos de Caverna Elíseos.
- Um paraíso no escuro da profundeza da Lagoa. Bela metáfora.
Nicholas e eu sentamos no chão de rochas.
- Por que você me trouxe aqui?
- Eu gostaria de te conhecer melhor e compartilhar essa beleza com alguém especial.
Fitei seu rosto. Como eu poderia ser especial para ele.
- Você me conhece a pouco tempo, como eu posso ser especial?
Ele me cortou.
- Fale-me sobre você e seu clã.
 Suspirei. Como havia pensado na noite anterior eu não iria expor muito a minha família para um estranho. Diferentemente eu fiz com Juan, porque ele me passa um tipo de... Segurança. Mas Nicholas, eu sentia que havia algo errado, pelo menos algo não certo em relação a ele.
Eu descrevi cuidadosamente a minha família, mas não expus os talentos de nenhum deles.
- Qual é o seu talento?
Eu tive que mentir novamente. Algo gritava em meu interior. Mentir era necessário.
- eu... Não tenho talento.
Ele me olhou descrente.
- O que foi?- Perguntei desmarcando. – Você não acredita em mim?
Fiz cara de decepção.
- Não, desculpe, eu não queria...
- Tudo bem. – Suspirei. – Me fale sobre o seu talento.
- Eu posso alterar a realidade do tempo e espaço, como eu fiz com você, lembra?
Balancei a cabeça afirmativamente.
- Você não é do tipo que se alimenta de sangue. – Falei.
Ele sorriu.
- Só animal.
- Eu deveria me preocupar com Diamond?
Ele sorriu novamente.
- Ela não morde. – Ele disse com um tom de zombaria.
Nicholas era um cara legal, pelo menos aparentava, mas havia algo nele que me intrigava. Fiquei pensativa por um momento. Passei minha mão no caule de uma flor, subindo até as pétalas, onde senti uma coisa sólida. Apanhei um brilhante um pouco maior que os incrustados nas paredes e no teto e para a minha surpresa, era um pingente.
- O que é isso?- Perguntei mostrando-o a Nicholas.
- Deve ter caído do teto ou das paredes.
- Não, olha é um pingente.
Sua expressão mudou.
- Você acha que foi de alguém que esteve aqui?- Havia surpresa em sua voz.
- Não sei. – Respondi confusa.
Ele fez silêncio por um breve instante. Guardei o objeto comigo.
- O que você quer fazer? – Perguntou ele sorrindo novamente.
- Eu poderia voltar a minha estalagem?
Nicholas suspirou.
- Claro. – ele pegou minha mão, e como da outra vez, em fração de segundos eu estava no meu quarto, deitada em minha cama, com minhas roupas secas.

Um comentário:

  1. Muito legal, continu assim.
    Você com certeza vai longe escrevendo desse jeito.

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